Francisco trabalhava como gerente em uma grande empresa. E desfrutava de muita honra com o dono daquela empresa. Aconteceu que aquele grande empresário resolveu dar uma grande festa em sua mansão e Francisco teve a honra de ser convidado.
Na noite marcada ele compareceu, seu patrão morava em uma belíssima mansão no bairro chique do Morumbi. Uma casa com muros altos, guarita, seguranças, chofer. Quando ele chegou sentiu o quanto aquela festa era especial, porque os convidados estavam vestidos com as suas melhores roupas. As mulheres estavam deslumbrantes, os homens estavam elegantíssimos. E o Francisco, modéstia parte, estava muito bem vestido. Ele sentiu que aquela festa era realmente mais uma oportunidade para ele melhorar o seu relacionamento com o patrão e também com os convidados.
Então ele se apresentou primeiro ao dono da casa, mostrou que estava presente, e ficou circulando em volta de uma grande piscina. Foi quando Francisco viu ali a alguns metros um convidado de costas, que também estava sozinho, e resolveu puxar assunto. Francisco veio por detrás do convidado, e lhe cumprimentou:
- Boa noite!
O convidado estranho repentinamente se virou. E Francisco soltou um grito abafado:
-Oh! Meu Deus!
Ao fixar seus olhos no rosto do convidado, viu que era uma caveira. Francisco compreendeu que estava diante da própria morte. A morte fez um gesto brusco levantando a mão com uma foice e Francisco apavorado saiu correndo quase trombando com os outros convidados.
Ele entrou apavorado na biblioteca da mansão, onde estava seu patrão. E o patrão não entendendo nada disse:
- O que foi Francisco? Que pavor é este no teu rosto? Ele lhe respondeu:
- Patrão me ajude pelo amor de Deus! Libere-me de sua festa, eu preciso ir embora agora. Eu preciso sair correndo.
E o patrão vendo que ele estava muito apavorado disse:
- Porque Francisco, o que foi que aconteceu?
- Patrão eu encontrei com a morte lá a beira da piscina. E ela fez um gesto com a foice, como se fosse lançar contra mim, mais eu saí correndo. Estou com medo que ela me alcance. Patrão me deixe fugir, me dê umas férias, me libera um mês, me deixe ir embora!?
- Francisco se a morte veio te buscar, não adianta você fugir. Se você sair da festa, ela vai te encontrar em casa.
- Não patrão, eu tenho uma idéia. Tenho uma tia que mora numa cidadezinha no sul de minas, chamada Camanducaia. Vou viajar para lá ainda esta noite. E me esconder até que a morte me esqueça. Patrão me libera, por favor, antecipa minhas férias?
E o patrão vendo que o Francisco estava extremamente apavorado disse:
- Tá bom, pode ir embora. Está liberado.
Antes de sair em disparada, Francisco faz um último pedido á seu patrão:
- Vou sair pelos fundos, escondido. Não diga há ninguém onde fui!?
- Pode ficar tranquilo não direi há ninguém.
E Francisco saiu correndo pelos fundos da mansão. Correndo a pé pelos quarteirões no meio noite, e olhava constantemente para traz, com medo de a morte o seguir. Pensou consigo mesmo “vou direto para rodoviária, não vou nem passar em casa”.
Francisco entrou em um táxi e foi direto para rodoviária do Tietê, sem malas e sem bagagem. Comprou um bilhete para Camanducaia e entrou no ônibus. Mas seu coração continuava acelerado com medo da morte o alcançar. Só ficou aliviado quando o ônibus entrou na Rodovia Fernão Dias, então começou a rir sozinho: “Estou livre, escapei da morte, enganei a morte!”. E ele foi feliz em direção a Camanducaia.
Enquanto isso, na mansão do Morumbi, lá pelas tantas da madrugada. A morte entra na biblioteca e encontra ali o patrão de Francisco, segurando um charuto em uma das mãos e um copo de uísque na outra. O patrão de Francisco ao olhar a morte, sorriu e disse:
- Você chegou tarde!
A morte disse ao homem:
- Cheguei tarde pra quê?
- Francisco já foi embora. E não adianta perguntar, não direi para onde ele fugiu.
- O Francisco? O quê que têm o Francisco?
- Ué! Você não veio aqui buscá-lo? A morte respondeu:
- De fato eu fiquei muito surpreso de encontrar o Francisco nesta festa a beira da piscina. Mas eu não vim aqui para buscar o Francisco. Eu vim aqui para buscar “VOCÊ”.
- Eu!? Indagou surpreso o patrão. E a morte respondeu:
- Sim, também levei um susto na hora em que vi o Francisco. Mas não vim buscá-lo hoje, aliás, vou dar uma olhadinha aqui na minha agenda. Deixa-me ver aqui, letra ‘F’. Hum! Tá aqui, Francisco. Ah! Muito bem. Aqui diz que eu irei encontrá-lo amanhã na cidade de “CAMANDUCAIA”.
FONTE: autoria Juanribe Pagliarin
1 comentários:
É realmente náo adianta fugir ,quando é chegada á hora ela sempre nos encontra, adorei,bjs.
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